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2025
Quando o consumidor tem direito à devolução do dinheiro? Entenda quais são seus direitos e quais situações você pode cancelar uma compra e receber reembolso
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2 MIN DE LEITURA
Você fez uma compra e agora quer o dinheiro de volta. Mas será que isso é possível?
O direito do consumidor prevê diversas situações em que o ressarcimento do valor pago pode ser exigido, mas nem sempre esse direito se aplica.
Muitas pessoas acreditam que podem devolver um produto ou cancelar um serviço a qualquer momento e receber reembolso imediato.
No entanto, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece regras e prazos específicos para diferentes situações, como defeitos, atrasos na entrega e propaganda enganosa.
Se você quer entender quando o consumidor tem direito à devolução do dinheiro, continue lendo.
Neste artigo, explicamos os principais casos em que é possível exigir o ressarcimento, como fazer isso da forma correta e o que fazer se a empresa se recusar a devolver o valor.
O Código de Defesa do Consumidor (CDC) garante que, em determinadas situações, o cliente pode solicitar o ressarcimento do valor pago.
No entanto, o direito à devolução do dinheiro não se aplica em qualquer circunstância. O consumidor deve estar atento às regras e prazos para exigir esse direito.
Em geral, a devolução do dinheiro pode ser solicitada nos seguintes casos:
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Se um produto apresentar defeito ou vício, comprometendo seu funcionamento, segurança ou qualidade, o fornecedor tem um prazo de até 30 dias para resolver o problema.
Caso isso não ocorra, o consumidor pode escolher entre receber o dinheiro de volta, trocar o item por outro igual ou solicitar um abatimento no valor pago.
O prazo para registrar a reclamação varia conforme o tipo de produto: 90 dias para bens duráveis, como eletrodomésticos e eletrônicos, e 30 dias para produtos não duráveis, como alimentos e cosméticos.
Se o defeito for tão grave que impossibilite o uso do item, o consumidor pode exigir a devolução imediata do dinheiro, sem precisar esperar pelo reparo.
No caso de serviços prestados de forma inadequada, a empresa deve refazer o serviço sem custos extras.
Se isso não for feito, o consumidor tem direito a um reembolso total ou a um abatimento proporcional no valor pago.
Para serviços considerados não duráveis, como limpeza ou transporte, o prazo para registrar uma reclamação é de 30 dias.
Já para serviços duráveis, como reformas e manutenção de equipamentos, o prazo é de 90 dias. Sempre que possível, é recomendável formalizar a reclamação por escrito para garantir que o direito seja respeitado.
Outro caso em que a devolução do dinheiro é garantida ocorre quando há atraso na entrega de um produto ou serviço.
Se o fornecedor não cumprir o prazo combinado, o consumidor pode cancelar a compra e exigir o reembolso integral, além de uma indenização caso tenha sofrido prejuízos.
Para reforçar seu direito, é essencial que o cliente registre as tentativas de contato e tenha provas do prazo acordado.
Se um serviço contratado for cancelado sem justificativa válida, o consumidor também pode solicitar o ressarcimento.
Isso acontece, por exemplo, quando uma empresa suspende um serviço de internet sem motivo aparente, mesmo que todas as faturas estejam pagas.
Além do reembolso, o cliente pode exigir uma compensação caso o cancelamento tenha causado prejuízo.
A devolução do dinheiro também é um direito do consumidor em casos de propaganda enganosa ou descumprimento da oferta.
Se o produto ou serviço entregue não for compatível com o que foi anunciado, o cliente pode optar por um ressarcimento integral, um abatimento proporcional no valor pago ou a substituição do item por outro equivalente.
Para garantir a devolução, é importante guardar provas, como capturas de tela de anúncios ou e-mails promocionais, que demonstrem a oferta original.
Outro direito importante é o direito de arrependimento, válido para compras feitas fora do estabelecimento comercial, como pela internet, telefone ou catálogo.
O consumidor pode desistir da compra em até 7 dias após o recebimento do produto ou serviço, sem precisar justificar o motivo.
O fornecedor é obrigado a devolver o valor total da compra, incluindo o frete, e deve cobrir os custos da devolução do item.
Essa regra, no entanto, não se aplica a compras feitas em lojas físicas, a menos que o estabelecimento tenha uma política própria que permita devoluções.
Agora que você já sabe quando o consumidor pode exigir a devolução do dinheiro, veja a seguir como solicitar o ressarcimento e quais são os prazos legais para cada situação.
Mesmo quando o consumidor tem direito ao reembolso, é importante seguir os procedimentos corretos para garantir que o pedido seja aceito.
O primeiro passo é entrar em contato com o fornecedor, informando o motivo da devolução e solicitando a restituição do valor.
Sempre que possível, faça essa comunicação por escrito, por e-mail ou mensagem, para ter um registro da solicitação.
A apresentação de documentos que comprovem a compra é essencial.
Isso inclui a nota fiscal, comprovante de pagamento e qualquer outra evidência que demonstre a transação.
Em casos de propaganda enganosa ou descumprimento da oferta, anexar prints ou cópias da publicidade original pode ajudar a reforçar a reclamação.
O consumidor também deve respeitar os prazos estabelecidos pelo Código de Defesa do Consumidor.
Para produtos ou serviços com defeito, o pedido de reembolso deve ser feito dentro de 30 dias para itens não duráveis e 90 dias para bens duráveis.
Já no caso do direito de arrependimento em compras online, o prazo para solicitar a devolução do dinheiro é de até 7 dias após o recebimento do produto.
Se o problema estiver relacionado a atraso na entrega, o cliente pode exigir o reembolso assim que o prazo for descumprido.
Caso o fornecedor se recuse a devolver o valor, o consumidor pode recorrer a órgãos de defesa do consumidor, como o Procon, ou registrar a queixa na plataforma consumidor.gov.br. Se mesmo assim a situação não for resolvida, é possível acionar a Justiça para garantir que o direito seja cumprido.
Seguir esses passos corretamente e saber quais são os seus direitos pode evitar desgastes e processos desnecessários.
Quando uma compra é cancelada ou um serviço não é prestado corretamente, o consumidor tem direito ao reembolso, mas o prazo e o procedimento variam de acordo com o meio de pagamento utilizado.
Veja como funciona para cada caso:
Caso a empresa não realize o estorno dentro do prazo prometido, o consumidor pode tomar medidas para garantir seus direitos:
Para evitar atrasos e dificuldades no estorno, o consumidor deve guardar comprovantes da compra e do pedido de reembolso, além de acompanhar a solicitação junto ao fornecedor e, se necessário, junto à administradora do pagamento.
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Embora o Código de Defesa do Consumidor ofereça proteção contra prejuízos em compras e serviços, seguir algumas boas práticas pode evitar transtornos e tornar o processo de devolução mais simples.
Tanto consumidores quanto lojistas podem adotar medidas para minimizar problemas e garantir mais segurança nas transações.
Algumas práticas importantes incluem:
Para empresas, lidar com devoluções e reembolsos de forma eficiente não só evita problemas com clientes, mas também melhora a reputação da marca.
Algumas ações ajudam a reduzir as solicitações de estorno e manter uma boa relação com os consumidores:
Empresas que lidam bem com devoluções e reembolsos tendem a fidelizar mais clientes, pois demonstram transparência e compromisso com a satisfação do consumidor.
Além disso, resolver problemas rapidamente pode ser um diferencial competitivo no mercado.
Gerenciar devoluções e reembolsos pode ser um desafio para lojistas, principalmente quando envolve diferentes formas de pagamento e o impacto no fluxo de caixa.
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