É permitido cobrar multa por cancelamento de contrato? Entenda seus direitos

É permitido cobrar multa por cancelamento de contrato? Entenda seus direitos

A multa por cancelamento de contrato é permitida, porém, não em todos os casos! Veja quais são os casos em que a multa NÃO é permitida e saiba quando é abusiva

|

2 MIN DE LEITURA

Copiado.
Homem de expressão séria sentado em frente a um laptop, em um ambiente iluminado com estante de livros ao fundo, transmitindo a ideia de estudo ou análise sobre a legalidade de cobrar multa por cancelamento de contrato.
Principais tópicos

A possibilidade de cobrar multa por cancelamento de contrato é um assunto que gera muitas dúvidas tanto para consumidores quanto para empresas. 

Afinal, em quais situações essa cobrança é legítima? Quais leis amparam esse direito? 

Neste artigo, vamos esclarecer os principais pontos relacionados à cobrança de multa por cancelamento de contrato, para que você entenda melhor seus direitos e deveres. Acompanhe!

Afinal, é permitido cobrar multa por cancelamento de contrato?

Sim! No ordenamento jurídico brasileiro, a cobrança de multa por cancelamento de contrato é permitida em determinadas situações

Em geral, tudo vai depender das cláusulas contratuais, do tipo de contrato firmado e da legislação específica que rege aquele segmento (serviços financeiros, telecomunicações, locação de imóveis etc.).

Principais bases legais:

  1. Código Civil (Lei nº 10.406/2002): estabelece as regras gerais de contratação. Nele, constam dispositivos sobre a validade das cláusulas penais (que incluem multas) em contratos.
  2. Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990): protege os consumidores contra possíveis abusos por parte de fornecedores, incluindo cláusulas contratuais consideradas abusivas ou onerosas demais.
  3. Legislação específica: alguns setores (como o de telefonia, internet, TV por assinatura, academia, entre outros) possuem normas próprias que limitam ou direcionam a forma de cobrança de multas por cancelamento antecipado.

E se a multa for abusiva?

O Código de Defesa do Consumidor protege os cidadãos contra abusos e considera abusiva qualquer multa cujo valor seja desproporcional ao serviço ou produto oferecido, especialmente quando a cláusula não tiver sido informada de forma clara ou for imposta unilateralmente, colocando o consumidor em evidente desvantagem sem que haja qualquer justificativa razoável para o valor exigido.

Se você identificar que a multa é abusiva, há meios de contestá-la:

  1. Negociação direta – Tente resolver com a empresa ou fornecedor, demonstrando o porquê de considerar a multa indevida ou excessiva.
  2. Procon – Registre uma reclamação no órgão de defesa do consumidor do seu estado e busque orientação.
  3. Juizado Especial Cível – Para valores de até 40 salários mínimos, é possível ingressar com ação judicial de forma simplificada.
  4. Contrate um advogado – Em contratos complexos ou de valores elevados, um profissional especializado pode auxiliar na defesa dos seus direitos.

Leia mais: 

Quais são as regras para o cancelamento de contrato para cada caso?

Entenda como proceder em diversos casos de contratação:

1. Direito de arrependimento

Para serviços (ou produtos) contratados à distância, a legislação brasileira assegura o direito de arrependimento previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC), em especial no art. 49.

Isso significa que você pode desistir do contrato em até 7 dias contados a partir da data de assinatura ou do recebimento do serviço (no caso de um serviço que começa a ser prestado imediatamente)

Como exercer o direito de arrependimento?

  1. Formalize o pedido por escrito: envie e-mail ou mensagem que gere prova de envio e recebimento.
  2. Exija confirmação: peça que a empresa confirme o cancelamento e, se houver cobrança antecipada, solicite o reembolso integral.
  3. Guarde todos os registros: mantenha e-mails, capturas de tela, protocolos de atendimento por telefone ou chat.

Dica: Mesmo após o cancelamento, é importante ficar atento às faturas seguintes para garantir que não haja cobranças indevidas.

2. Cláusulas abusivas: quando o contrato pode ser invalidado

O Código de Defesa do Consumidor considera abusivas as cláusulas que colocam o consumidor em desvantagem exagerada ou que contrariem a boa-fé. Alguns exemplos incluem: Multas excessivas ou desproporcionais; impedimento injustificado do cancelamento e exigência de pagamento sem a devida prestação do serviço.

O que fazer?

  1. Verifique o contrato: identifique a cláusula considerada abusiva.
  2. Negocie com a empresa: tente resolver diretamente, apontando a ilegalidade.
  3. Busque seus direitos: se a empresa insistir, registre reclamação no Procon ou acione o Juizado Especial Cível (JEC), dependendo do valor envolvido.

Importante: Cláusulas abusivas são consideradas nulas ou anuláveis, ou seja, não produzem efeito legal, mesmo que constem no contrato.Leia mais sobre Cobrança indevida: quais são seus direitos e o que fazer 

3. Desconhecimento do conteúdo: a importância da transparência

Muitas pessoas contratam serviços sem ler integralmente o contrato ou sem receber informações claras. Apesar de ser recomendável conhecer todos os termos, o CDC determina que os contratos devem ser claros, objetivos e de fácil compreensão.

Se você descobriu algo após assinar:

  • Exija cópia do contrato: a empresa deve fornecer uma via física ou digital, se ainda não o fez.
  • Reavalie os termos: se houver algo abusivo, você pode contestar (veja o item anterior).
  • Cancele se for preciso: caso o contrato contenha cláusulas inaceitáveis ou que não foram informadas devidamente, é possível alegar falta de transparência para romper o vínculo.

Observação: O desconhecimento não anula automaticamente o contrato, mas fortalece a alegação de cláusulas abusivas ou falta de informação adequada, conforme prevê o CDC.

4. Não cumprimento do serviço oferecido: quebra de contrato

Quando a empresa não cumpre o serviço conforme o contratado — seja por falta de entrega, atraso ou baixa qualidade —, podemos ter uma quebra de contrato. Nesse caso, o consumidor pode:

  1. Notificar a empresa por escrito: formalize a reclamação, informe o problema e estabeleça um prazo para correção.
  2. Solicitar rescisão contratual: se, ainda assim, o serviço não for prestado adequadamente, você pode cancelar o contrato e, se houver pagamento antecipado, exigir o reembolso ou abatimento proporcional no valor.
  3. Danos morais e materiais: em situações mais graves, quando há prejuízo comprovado, pode ser possível pleitear indenização na Justiça.

Exemplo: Você contratou um serviço de consultoria que não foi prestado no prazo nem na qualidade prometida. Nesse caso, pode exigir a devolução do que foi pago e, se houver dano comprovado, requerer indenização.

5. Outros casos comuns

Veja outros exemplos:

  • Serviços de telefonia e internet: operadoras podem cobrar multa caso o cancelamento seja feito antes do período de fidelização. Porém, a multa deve ser proporcional ao tempo restante do contrato.
  • Aluguel de imóveis: a Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991) prevê a cobrança de multa em caso de desocupação antes do término do contrato, podendo haver descontos proporcionais ao tempo de permanência do inquilino.
  • Planos de academia: muitas academias incluem cláusula de fidelidade nos planos promocionais. Se o usuário cancelar antes do tempo combinado, pode haver incidência de multa.
  • Contratos de prestação de serviço (como consultorias, assessorias etc.): a multa poderá ser cobrada caso esteja estabelecida em contrato e desde que não seja abusiva.

Dicas para evitar problemas na hora de cancelar um contrato

  1. Leia atentamente o contrato: antes de assinar, verifique as cláusulas relativas a prazos, multas e políticas de cancelamento.
  2. Negocie condições justas: se considerar a multa muito alta, tente renegociar valores ou prazos com a outra parte.
  3. Guarde comprovantes e trocas de mensagens: e-mails, mensagens e documentos assinados são essenciais em caso de litígio.
  4. Procure orientação jurídica: quando houver dúvidas sobre a validade da multa, consulte um profissional especializado em direito do consumidor ou em contratos.

Leia também: 

Simplifique sua vida financeira e proteja seu negócio com a InfinitePay

Você busca uma solução prática e segura para suas transações do dia a dia? A conta digital da InfinitePay é perfeita para pessoas físicas que querem controlar seus pagamentos e recebimentos de maneira descomplicada. Com um aplicativo intuitivo, você visualiza todos os seus dados de pagamento em tempo real e conta com a proteção adicional de precisar digitar sua senha ao realizar um Pix, garantindo tranquilidade e segurança em cada transação.

Agora, se você também é empreendedor, temos ainda mais vantagens: além de uma conta inteligente e transparente, a InfinitePay oferece, gratuitamente, um modelo de contrato de prestação de serviços completo. Com ele, suas contratações ficam mais simples e seguras, evitando conflitos e protegendo seus interesses e os de seus parceiros de negócio. 

Perguntas frequentes

CONTA INTELIGENTE

A conta que te ajuda a vender

Resolva as finanças do seu negócio: receba seu dinheiro rápido, pague contas, gerencie cobranças e ganhe cashback

Como transformar seu celular em maquininha

1
Abra o app da InfinitePay e clique em "InfiniteTap" (Android) ou em "Tap to Pay no iPhone"(iOS)
2
Digite o valor da venda ou selecione o produto que será vendido e sua quantidade. Você pode adicionar mais de um produto.
3
Clique em "Cobrar" e peça para seu cliente aproximar a forma como deseja pagar: cartão, celular ou smartwatch
4
Se a compra tiver um valor maior que R$ 200, ele deverá digitar a senha. Pronto! A venda é realizada em segundos.
Conheça o InfiniteTap

Cliente InfinitePay gasta menos e lucra mais!

Você está quase lá! Falta 1 mensagem para se tornar cliente InfinitePay e ter tudo o que o seu negócio precisa na palma da sua mão:

  • Menores taxas do Brasil
  • Pagamentos ultra rápidos
  • Controle financeiro completo