Como funciona o Imposto de Renda? Veja como calcular

Como funciona o Imposto de Renda? Veja como calcular

Como funciona o Imposto de Renda? Em 2025, que quem recebe até R$ 2824 por mês não precisa declarar. Saiba tudo sobre e veja como calcular sua declaração.

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homem em seu escritório em casa, pesquisando em seu laptop como funciona o imposto de renda.
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O Imposto de Renda (IR) é um tributo cobrado pelo governo sobre os rendimentos de pessoas físicas e jurídicas.

Seu objetivo é garantir que cidadãos e empresas contribuam proporcionalmente com seus ganhos para o financiamento de serviços públicos essenciais, como saúde, educação, segurança e infraestrutura.

A declaração do Imposto de Renda acontece anualmente, e os contribuintes devem informar à Receita Federal todos os seus rendimentos, bens, dívidas e despesas que possam ser deduzidas para o cálculo do imposto devido ou da restituição.

Neste artigo, explicamos detalhadamente como funciona esse imposto, assim como seus objetivos e isenções.

Como funciona o Imposto de Renda?

O Imposto de Renda é calculado com base na renda anual dos contribuintes. 

O governo estabelece faixas de tributação progressivas, o que significa que quem ganha mais paga uma porcentagem maior de imposto.

A Receita Federal é o órgão responsável pela administração do IR no Brasil, determinando as regras para a declaração e o pagamento do tributo. 

Todo ano, os contribuintes precisam enviar a declaração dentro do prazo estipulado para evitar multas e outras penalidades.

Os contribuintes que pagam mais do que deveriam ao longo do ano podem receber uma restituição do IR – por outro lado, quem pagou menos do que o devido precisa quitar a diferença após enviar a declaração.

Dentro do Imposto de Renda, há dois principais tipos:

1. Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF)

É o tributo que incide sobre os rendimentos dos cidadãos brasileiros. 

O IRPF é calculado com base na renda anual do contribuinte, considerando salário, aluguéis, investimentos e outras fontes de rendimento.

Os contribuintes podem escolher entre dois modelos de declaração:

  • Declaração simplificada: tem um desconto padrão de 20% sobre os rendimentos tributáveis, sem necessidade de detalhar despesas dedutíveis.
  • Declaração completa: permite a dedução de gastos com saúde, educação, dependentes e outras despesas previstas na legislação.

2. Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ)

É o imposto pago pelas empresas, calculado com base no lucro obtido. 

Existem diferentes regimes tributários, como:

  • Lucro Real: empresas calculam o imposto sobre o lucro efetivamente apurado.
  • Lucro Presumido: o imposto é calculado com base em uma estimativa do lucro, de acordo com a atividade da empresa.
  • Simples Nacional: regime simplificado para pequenas empresas, que pagam um valor fixo mensal incluindo o IRPJ.

Saiba mais: 

Para que serve o Imposto de Renda?

O Imposto de Renda tem um papel essencial na economia e no funcionamento do governo, pois financia setores fundamentais para o país. 

Entre as principais funções desse tributo, estão:

  1. Financiamento de serviços públicos: o dinheiro arrecadado pelo Imposto de Renda é utilizado para manter serviços de saúde, segurança, educação e infraestrutura.
  2. Redistribuição de renda: como o IR tem alíquotas progressivas, contribui para diminuir desigualdades sociais, cobrando mais de quem tem maiores rendimentos.
  3. Fiscalização e controle da economia: a Receita Federal usa os dados do IR para monitorar movimentações financeiras e evitar fraudes, como sonegação de impostos e lavagem de dinheiro.

Além disso, a declaração do Imposto de Renda serve para formalizar a renda dos cidadãos, facilitando o acesso a financiamentos, créditos bancários e outros benefícios.

Qual é a faixa de isenção na declaração?

Para a declaração do IR 2025, a previsão é de que o limite de isenção seja para quem recebe até R$ 2.824,00 por mês.

Além da isenção por faixa de renda, existem outros casos em que o contribuinte pode ser isento do IR, como:

  • Aposentados com doenças graves (câncer, Parkinson, AIDS, entre outras).
  • Pessoas cuja única fonte de renda seja aposentadoria, pensão ou benefício de prestação continuada (BPC) dentro do limite de isenção.

Aqui está uma lista de verificação que pode ajudá-lo a determinar se você precisa declarar o Imposto de Renda:

  • Recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70
  • Obteve rendimentos isentos superiores a R$ 40.000,00
  • Teve receita bruta anual superior a R$ 142.798,50 proveniente de atividade rural
  • Possui bens e direitos com valor total superior a R$ 300.000,00
  • Realizou operações em bolsa de valores
  • Manteve a condição de residente no Brasil durante qualquer período do ano

Exemplos práticos:

  1. Ana, uma professora que teve rendimentos anuais de R$ 35.000,00. Como seus rendimentos excedem o limite de R$ 28.559,70, ela deve declarar.
  2. Carlos vendeu um carro e recebeu R$ 50.000,00 em rendimentos isentos. Ele também precisa declarar, pois ultrapassou o limite de R$ 40.000,00.
  3. João, um agricultor, teve uma receita bruta de R$ 150.000,00 em sua atividade rural, o que o obriga a declarar.

Como calcular o Imposto de Renda?

O cálculo do Imposto de Renda é feito com base na tabela progressiva da Receita Federal, onde a alíquota aumenta conforme o rendimento do contribuinte. 

O imposto devido é determinado pela renda tributável menos as deduções permitidas, como dependentes, saúde, educação e previdência.

Se o imposto já foi retido na fonte pelo empregador, o contribuinte pode ter saldo a pagar ou direito à restituição, dependendo dos valores declarados. 

Para autônomos e investidores, o imposto é calculado sobre os rendimentos e pago via DARF, conforme a legislação vigente.

Leia também: DIRF 2025: o que é e como fazer

Tabela para declarar o Imposto de Renda 2025

A tabela progressiva do IRPF 2025 (referente ao ano-base 2024) determina a tributação conforme os rendimentos mensais. 

Veja as alíquotas previstas:

Faixa de Renda Anual Alíquota (%) Parcela a Deduzir (R$)
Até 33.888,00 0 0
De 33.888,01 a 45.012,00 7.5 2.541,6
De 45.012,01 a 55.968,00 15 6.340,44
De 55.968,01 a 69.792,00 22.5 11.053,44
Acima de 69.792,00 27.5 16.142,52

Para calcular o imposto devido, aplica-se a alíquota correspondente e subtrai-se a parcela dedutível. 

Se houver imposto já recolhido, o contribuinte pode ter saldo a pagar ou restituição a receber.

Exemplo prático de cálculo do Imposto de Renda

Imagine que um contribuinte teve um rendimento anual de R$ 50.000,00 e conseguiu deduzir R$ 5.000,00 em despesas médicas – dessa forma, sua base de cálculo será R$ 45.000,00.

Nesse caso, a faixa de tributação esse valor se encaixa em uma taxação de 7,5% sobre a diferença.

O cálculo do imposto devido seria:

  • Base de cálculo: R$ 45.000,00
  • Parcela isenta: R$ 33.888,00
  • Valor tributável: R$ 45.000,00 - R$ 33.888,00 = R$ 11.112,00
  • Alíquota aplicável: 7,5%
  • Imposto devido: 7,5% de R$ 11.112,00 = R$ 833,40
  • Parcela a deduzir (R$ 211,80): R$ 833,40 - R$ 211,80 = R$ 621,60

O contribuinte terá R$ 621,60 de imposto devido no ano, ou seja, aproximadamente R$ 51,80 por mês

Caso tenha tido imposto retido na fonte ao longo do ano, poderá compensar esse valor e, dependendo da retenção, pode ter saldo a pagar ou direito à restituição.

Como declarar Imposto de Renda?

Declarar o Imposto de Renda é uma obrigação anual para milhões de brasileiros: esse processo exige organização e atenção para evitar erros que possam levar à malha fina. 

A Receita Federal disponibiliza um programa para facilitar a declaração, e os contribuintes devem reunir todos os documentos necessários para informar corretamente seus rendimentos e despesas.

A seguir, detalhamos os documentos essenciais e os gastos que podem ser deduzidos para reduzir o valor do imposto a pagar ou aumentar a restituição.

Documentos para declarar o Imposto de Renda

Para garantir que a declaração seja feita corretamente e sem riscos de inconsistências, é fundamental reunir todos os documentos necessários antes de começar o processo. 

Veja os principais:

como funciona o imposto de renda: documentos necessários

1. Documentos pessoais

  • CPF e título de eleitor (do declarante e dos dependentes, se houver).
  • Comprovante de endereço atualizado (não é obrigatório, mas pode ser útil).
  • Número do recibo da última declaração (facilita a importação dos dados do ano anterior).

2. Comprovantes de rendimentos

  • Informe de rendimentos do empregador (salários, 13º, INSS retido, etc.).
  • Informe de rendimentos bancários (contas correntes, poupança, investimentos).
  • Comprovantes de recebimento de aluguéis (se houver).
  • Rendimentos de aposentadoria e pensão (emitidos pelo INSS ou previdência privada).
  • Comprovantes de outras fontes de renda, como pensões alimentícias, prestação de serviços, entre outros.

3. Informes financeiros e patrimoniais

  • Extratos de aplicações financeiras (CDB, Tesouro Direto, ações, criptomoedas).
  • Documentos de compra e venda de imóveis e veículos (contratos e escrituras).
  • Dívidas superiores a R$ 5.000,00 (exemplo: empréstimos bancários).

4. Comprovantes de despesas dedutíveis

  • Despesas com saúde (consultas médicas, exames, cirurgias, planos de saúde).
  • Gastos com educação (mensalidades de escolas, faculdades, pós-graduação).
  • Contribuição à previdência privada (PGBL, pois VGBL não é dedutível).
  • Comprovantes de pensão alimentícia judicial (se houver acordo formalizado).
  • Despesas com dependentes (os mesmos documentos acima, quando aplicável).

A organização desses documentos é essencial para evitar inconsistências ou omissões que possam levar o contribuinte à malha fina da Receita Federal.

O que pode ser deduzido no Imposto de Renda?

As deduções são valores que podem ser abatidos da base de cálculo do imposto, reduzindo o valor devido ou aumentando a restituição. 

A seguir, veja quais despesas podem ser utilizadas para diminuir a tributação.

como funciona o imposto de renda: o que pode ser deduzido?

1. Despesas médicas (dedução ilimitada)

As despesas médicas podem ser deduzidas integralmente, sem limite de valor, desde que devidamente comprovadas com notas fiscais ou recibos. 

Entre os principais gastos dedutíveis estão:

  • Consultas médicas, odontológicas e psicológicas.
  • Exames laboratoriais e tratamentos hospitalares.
  • Cirurgias, próteses e aparelhos ortopédicos.
  • Planos de saúde (mensalidades e coparticipação).

Atenção: despesas médicas precisam ser devidamente comprovadas e devem estar no nome do declarante ou de seus dependentes.

2. Educação (limite de R$ 3.561,50 por pessoa em 2025)

Apenas despesas com ensino formal são dedutíveis, incluindo:

  • Educação infantil (creches e pré-escola).
  • Ensino fundamental, médio e superior.
  • Cursos técnicos e profissionalizantes.

O que não pode ser deduzido: cursos livres (como idiomas), esportes, música e preparatórios para concursos.

3. Dependentes (R$ 2.275,08 por dependente)

Cada dependente incluído na declaração gera uma dedução fixa, ajudando a reduzir a base de cálculo do imposto. 

Podem ser considerados dependentes:

  • Filhos ou enteados de até 21 anos (ou até 24 anos se cursando ensino superior).
  • Cônjuge ou companheiro(a) com união estável.
  • Pais, avós ou bisavós que dependam financeiramente do declarante.
  • Dependentes com deficiência de qualquer idade.

4. Contribuição à Previdência Oficial (dedução ilimitada)

Os valores pagos ao INSS, seja como empregado, autônomo ou contribuinte facultativo, podem ser deduzidos integralmente.

5. Previdência Privada (PGBL – limite de 12% da renda bruta)

Quem investe em um plano de previdência privada do tipo PGBL pode deduzir até 12% da renda tributável – já os planos VGBL não são dedutíveis.

6. Pensão alimentícia judicial (dedução ilimitada)

Os valores pagos a título de pensão alimentícia definidos por decisão judicial podem ser deduzidos integralmente da base de cálculo.

7. Livro-caixa para autônomos

Profissionais liberais e autônomos podem deduzir despesas operacionais, como aluguel de consultório, material de trabalho e funcionários, desde que devidamente registrados no livro-caixa.

8. Doações incentivadas (até 6% do imposto devido)

Doações feitas para fundos da criança e do adolescente, do idoso, projetos culturais, audiovisuais e esportivos podem ser deduzidas, desde que sigam as regras da Receita Federal.

Passo a passo de como declarar o Imposto de Renda

A declaração do Imposto de Renda pode parecer um processo burocrático, mas seguindo um passo a passo bem estruturado, ele se torna mais simples e seguro. 

O procedimento pode ser feito pelo Programa da Receita Federal, pelo aplicativo Meu Imposto de Renda ou pelo portal e-CAC.

Antes de iniciar a declaração, certifique-se de que você reuniu todos os documentos necessários, como informes de rendimentos, comprovantes de despesas dedutíveis e documentos patrimoniais.

Passo 1: Baixar o programa ou acessar o portal

  • Acesse o site da Receita Federal e faça o download do Programa do Imposto de Renda.
  • Alternativamente, você pode utilizar o aplicativo Meu Imposto de Renda, disponível para Android e iOS.
  • Outra opção é acessar diretamente o Portal e-CAC com login do Gov.br (nível prata ou ouro).

Passo 2: Escolher o tipo de declaração

  • Você pode importar os dados da última declaração ou começar uma nova.
  • Se você recebeu o rendimento pré-preenchido pela Receita Federal, pode optar por essa facilidade para reduzir o risco de erros.

Passo 3: Preencher os dados pessoais

  • Informe CPF, endereço, número do recibo da última declaração e dados bancários para restituição (se houver).

Passo 4: Informar os rendimentos

  • Inclua todos os seus rendimentos tributáveis e isentos, conforme os informes de rendimentos recebidos.

Passo 5: Declarar bens, direitos e dívidas

  • Registre imóveis, veículos, investimentos e outras posses acima de R$ 5.000,00.
  • Informe empréstimos ou financiamentos acima desse valor.

Passo 6: Informar despesas dedutíveis

  • Registre os gastos com saúde, educação, dependentes, previdência privada (PGBL) e doações incentivadas.

Passo 7: Escolher entre declaração simplificada ou completa

  • O próprio programa sugere a melhor opção, conforme os dados inseridos.

Passo 8: Revisar e enviar a declaração

  • Verifique se há pendências e corrija eventuais inconsistências antes de enviar.
  • Gere o recibo de entrega e guarde-o junto com os documentos por pelo menos 5 anos.

Passo 9: Pagar o imposto ou aguardar restituição

  • Caso tenha imposto a pagar, emita o DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) e efetue o pagamento dentro do prazo.
  • Se houver direito à restituição, acompanhe o calendário de pagamento da Receita.

Declaração simplificada vs. declaração completa

Ao preencher a declaração, o contribuinte pode escolher entre dois modelos: simplificado ou completo

Cada um tem características próprias, e a melhor escolha depende do perfil financeiro da pessoa.

Declaração simplificada

  • Indicado para quem tem poucas despesas dedutíveis.
  • Aplica um desconto padrão de 20% sobre a renda tributável, limitado a R$ 16.754,34.
  • Não exige comprovação detalhada de despesas.
  • Beneficia pessoas sem dependentes ou com poucas deduções.

Ideal para: quem não possui muitas despesas com saúde, educação ou dependentes.

Declaração completa

  • Indicado para quem tem muitas despesas dedutíveis.
  • Permite a dedução integral de despesas com saúde e pensão alimentícia.
  • Possibilita a dedução de até R$ 3.561,50 por pessoa com educação.
  • Reduz significativamente o imposto a pagar quando há dependentes e muitas despesas médicas.

Ideal para: quem tem dependentes, muitas despesas médicas, educação e previdência privada PGBL.

A Receita Federal indica automaticamente a opção mais vantajosa para o contribuinte, com base nos dados inseridos.

Como consultar a situação da declaração?

Após enviar a declaração, o contribuinte pode consultar sua situação e verificar se há pendências ou se já entrou no cronograma de restituição.

Passo a passo para consultar a situação da declaração:

1. Acesse o portal e-CAC

  • Entre no site da Receita Federal.
  • Clique em "Meu Imposto de Renda" e faça login com sua conta Gov.br (nível prata ou ouro).

2. Verifique o status da declaração

A Receita classifica a declaração em diferentes status:

  • "Em processamento": sua declaração está sendo analisada.
  • "Processada": a Receita já verificou e aceitou sua declaração.
  • "Com pendências": há algum erro ou inconsistência que precisa ser corrigida.
  • "Em fila de restituição": você tem direito à restituição e está aguardando o pagamento.
  • "Em malha fina": há problemas na declaração, e será necessário fazer uma retificação ou apresentar documentos para comprovação.

3. Caso necessário, retifique a declaração

Se houver erro ou inconsistência, basta enviar uma declaração retificadora corrigindo as informações. Isso pode ser feito pelo próprio programa ou e-CAC.

Prazos da declaração e restituição do Imposto de Renda

O prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda 2025 (referente ao ano-base 2024) é estabelecido anualmente pela Receita Federal

Para 2025, as datas oficiais ainda serão divulgadas, mas seguindo o padrão dos últimos anos, espera-se que o prazo seja entre 1º de março e 30 de abril de 2025.

Caso a declaração não seja enviada dentro do prazo, o contribuinte está sujeito a uma multa mínima de R$ 165,74, podendo chegar a 20% do valor do imposto devido.

Evento Data prevista
Início da entrega da declaração 1º de março de 2025
Prazo final para entrega 30 de abril de 2025
Início da restituição (1º lote) Final de maio de 2025
Último lote de restituição Final de setembro de 2025

Já a restituição ocorre quando o contribuinte pagou mais imposto ao longo do ano do que o necessário, seja por retenção na fonte ou pagamento de carnê-leão. 

A ordem de pagamento segue a seguinte prioridade:

  1. Idosos acima de 80 anos.
  2. Idosos entre 60 e 79 anos.
  3. Pessoas com deficiência ou doenças graves.
  4. Professores cuja principal fonte de renda seja o magistério.
  5. Contribuintes que utilizaram a declaração pré-preenchida ou optaram pelo débito automático.

Demais contribuintes, conforme a ordem de envio da declaração.

As restituições ocorrem em cinco lotes mensais

O cronograma oficial será divulgado pela Receita, mas geralmente segue o seguinte formato:

Lote Data prevista
1º Lote Final de maio
2º Lote Final de junho
3º Lote Final de julho
4º Lote Final de agosto
5º Lote Final de setembro

Dicas para não cair na malha fina

Cair na malha fina significa que a Receita Federal identificou inconsistências na declaração do contribuinte e, por isso, a análise do imposto ficará retida para verificação mais detalhada. 

Isso pode atrasar a restituição e, em casos mais graves, resultar em multas ou até em problemas legais.

Os principais motivos que levam um contribuinte à malha fina são erros de preenchimento, omissão de rendimentos, divergências entre os dados declarados e os informes recebidos pela Receita Federal, e deduções indevidas.

Abaixo estão algumas dicas para evitar problemas com a Receita Federal.

como funciona o imposto de renda: como evitar a malha fina

1. Informe todos os rendimentos corretamente

Um dos erros mais comuns é omitir fontes de renda

Se você trabalha em mais de um emprego, recebe aluguel, tem investimentos ou qualquer outra fonte de rendimento tributável, tudo deve ser informado na declaração.

Atenção: a Receita Federal cruza automaticamente os dados informados pelo empregador, bancos e demais instituições financeiras.

2. Verifique os informes de rendimentos antes de declarar

Empresas, bancos, corretoras e o INSS enviam informes de rendimentos aos contribuintes. 

É essencial conferir se os valores batem com o que você tem registrado, pois qualquer diferença pode ser motivo para retenção na malha fina.

3. Declare corretamente os dependentes

A Receita Federal permite deduzir despesas com dependentes, mas algumas regras precisam ser seguidas:

  • Um dependente não pode estar na declaração de duas pessoas ao mesmo tempo.
  • Informações como CPF e renda do dependente devem ser declaradas corretamente.
  • Omitir rendimentos de dependentes pode gerar problemas, pois a Receita cruza esses dados.

4. Só inclua despesas dedutíveis com comprovantes

Gastos com saúde, educação, pensão alimentícia e previdência privada são dedutíveis, mas precisam ser informados corretamente. 

Além disso, é fundamental guardar os comprovantes por pelo menos 5 anos, pois a Receita pode solicitá-los.

Atenção: não são dedutíveis despesas com medicamentos, cirurgias estéticas, academia, cursos livres, entre outros.

5. Declare corretamente os bens e direitos

Imóveis, veículos, investimentos e qualquer outro patrimônio devem ser informados na ficha de bens e direitos

Caso tenha vendido algum bem, é necessário informar a operação e, se houver lucro, verificar a incidência de imposto sobre ganho de capital.

6. Não esqueça de declarar rendimentos isentos e não tributáveis

Muitos contribuintes caem na malha fina por não declarar rendimentos isentos, como:

  • Lucros e dividendos recebidos
  • Indenizações trabalhistas
  • Saques do FGTS
  • Bolsas de estudo e pesquisa isentas de tributação

Mesmo não sendo tributáveis, esses rendimentos precisam ser informados na declaração.

7. Revise a declaração antes do envio

Antes de transmitir a declaração, utilize o verificador de pendências no próprio programa da Receita – isso ajuda a corrigir erros simples e evitar problemas futuros.

Caso perceba um erro após o envio, é possível fazer uma declaração retificadora antes de a Receita identificar a inconsistência.

8. Utilize a declaração pré-preenchida

A Receita Federal oferece a opção de declaração pré-preenchida, que traz automaticamente diversos dados informados por empresas, bancos e outras fontes. 

Essa alternativa reduz bastante os riscos de erro e facilita a conferência das informações.

Leia mais: 

O que acontece se não declarar Imposto de Renda?

A não entrega da declaração do Imposto de Renda pode gerar diversos problemas fiscais e financeiros para o contribuinte – desde multas e restrições no CPF até impedimentos legais, a Receita Federal tem mecanismos para penalizar quem não cumpre essa obrigação.

A seguir, veja as principais consequências de não declarar o Imposto de Renda dentro do prazo.

como funciona o imposto de renda: consequencias de não declarar

1. Multa por atraso na entrega

Se o contribuinte estiver obrigado a declarar, mas perder o prazo, a Receita Federal aplica uma multa mínima de R$ 165,74, podendo chegar a 20% do valor do imposto devido.

2. CPF pode ser suspenso ou irregular

A Receita Federal pode suspender o CPF do contribuinte que não entregar a declaração, o que gera uma série de transtornos, como:

  • Impedimento para abrir contas bancárias ou realizar movimentações financeiras.
  • Dificuldade para tirar passaporte.
  • Restrições para assinar contratos, como financiamento de imóveis e veículos.
  • Problemas para assumir cargos públicos ou participar de concursos.

O CPF pode ser regularizado assim que a declaração for entregue, mas é importante evitar essa situação.

3. A Receita Federal pode notificar e autuar o contribuinte

A Receita cruza informações financeiras de empresas, bancos e empregadores, o que significa que mesmo sem a declaração do contribuinte, o órgão pode identificar rendimentos tributáveis.

Caso perceba que a pessoa deveria ter declarado e não o fez, a Receita pode emitir uma notificação, cobrando os impostos devidos acrescidos de multas e juros

Se houver indícios de sonegação, a multa pode chegar a 150% do imposto devido, além da possibilidade de ações penais.

4. Perda da restituição

Se o contribuinte tem direito à restituição, mas não entrega a declaração, ele perde o direito de receber o dinheiro até regularizar sua situação.

A Receita mantém o valor disponível por até 5 anos, mas se a declaração não for enviada nesse período, a restituição será cancelada.

5. Bloqueio de crédito bancário e financiamento

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Caso o CPF esteja irregular, o banco pode negar crédito ou suspender transações – esse problema pode afetar financiamentos de imóveis, veículos e até a contratação de cartões de crédito.

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