De acordo com dados recentes do IBGE, 38,8% dos trabalhadores brasileiros atuam na informalidade.
Compreender o que é renda informal se torna essencial para milhões de brasileiros que vivem essa realidade diariamente e enfrentam desafios únicos em sua gestão financeira.
Se você é um desses trabalhadores, sabe que a renda informal traz desafios significativos, como a dificuldade em comprovar rendimentos para financiamentos – portanto, entender esse tipo de renda é crucial para navegar melhor pelas exigências financeiras e aproveitar as oportunidades disponíveis.
Neste artigo, você aprenderá a definir, identificar e comprovar esse tipo de renda, além de explorar as vantagens e desvantagens que ela oferece.
Continue lendo para descobrir como transformar sua gestão financeira de forma eficaz.
O que é renda informal?
A renda informal é definida pelo IBGE como aquela gerada por atividades econômicas que não são reguladas formalmente, ou seja, sem vínculos empregatícios formais ou contribuições previdenciárias.
Algumas características principais da renda informal são:
- Ausência de contrato formal: não há documentação que formalize o vínculo entre empregador e empregado.
- Falta de benefícios trabalhistas: não inclui direitos como férias remuneradas e décimo terceiro salário.
- Variedade de fontes de renda: pode incluir múltiplas atividades sem vínculo empregatício fixo.
- Flexibilidade de horários: maior liberdade para definir horários de trabalho.
Alguns exemplos práticos de renda informal são vendedores ambulantes que comercializam produtos em vias públicas, prestadores de serviços autônomos (como encanadores, eletricistas e diaristas) e artistas de rua que dependem da contribuição espontânea do público.
Como começar a gerar renda informal?
Se você deseja começar a gerar renda informal, é importante planejar suas atividades e entender quais oportunidades melhor se encaixam no seu perfil.
Aqui estão alguns passos para iniciar:
- Identifique suas habilidades e interesses: avalie no que você é bom e quais serviços ou produtos poderia oferecer.
- Pesquise oportunidades no mercado: descubra quais atividades informais estão em alta e podem gerar bons ganhos.
- Comece com baixo investimento: se possível, inicie com recursos mínimos e vá reinvestindo conforme o negócio cresce.
- Divulgue seus serviços ou produtos: use redes sociais, boca a boca e marketplaces para alcançar mais clientes.
- Organize suas finanças: controle ganhos e despesas para garantir um fluxo de caixa positivo e sustentável.
Com dedicação e planejamento, a renda informal pode se tornar uma alternativa viável para complementar seus rendimentos ou até mesmo se tornar sua principal fonte de sustento.
Qual é a diferença entre renda formal e informal?
Compreender as diferenças entre renda formal e informal é crucial para trabalhadores que buscam gerenciar suas finanças de forma eficaz.
Essa compreensão ajuda na tomada de decisões sobre oportunidades de emprego e planejamento financeiro a longo prazo.
A renda formal e informal diferem principalmente na segurança e nos benefícios oferecidos ao trabalhador: a renda formal está vinculada a um contrato de trabalho, garantindo direitos como FGTS, seguro-desemprego e férias remuneradas, além de oferecer maior estabilidade e proteção legal pela CLT.
Já a renda informal não conta com esses benefícios, pois não possui vínculo empregatício oficial, o que pode proporcionar mais flexibilidade, mas também maior instabilidade financeira.
Outro fator importante é a tributação: na renda formal, os impostos são descontados automaticamente, enquanto na informal geralmente não há dedução, o que pode gerar desafios fiscais no futuro.
Apesar da menor proteção legal e estabilidade, muitas pessoas optam pela renda informal devido à liberdade de atuação e possibilidade de ganhos variáveis – entretanto, é essencial que trabalhadores avaliem essas diferenças ao planejar suas finanças e oportunidades profissionais.
Essas diferenças impactam diretamente na vida financeira dos trabalhadores, influenciando desde a segurança econômica até a capacidade de planejamento de longo prazo.
Exemplos de profissões formais e informais
Com as diferenças entre renda formal e informal esclarecidas, é importante observar exemplos práticos que ilustram essas categorias no cotidiano.
Aqui estão exemplos comuns de cada tipo de renda, juntamente com dados estatísticos relevantes.
Profissões de renda formal
- Funcionários públicos: incluem professores e profissionais de saúde, com crescimento de 6% no setor público nos últimos cinco anos.
- Trabalhadores de escritório: em setores como atividades administrativas altamente formalizados.
- Operários industriais: beneficiados por contratos formais e benefícios trabalhistas.
- Profissionais de TI: frequentemente empregados com contratos formais, especialmente em grandes empresas.
- Empregados de comércio: trabalhadores de grandes redes de varejo, usufruindo de estabilidade e benefícios.
Profissões de renda informal
- Vendedores ambulantes: comuns em áreas urbanas, sem vínculo formal.
- Trabalhadores domésticos: eram 176 mil sem carteira assinada até agosto de 2023.
- Agricultores familiares: taxa de informalidade de 66%, especialmente entre trabalhadores familiares não remunerados.
- Pedreiros e construtores autônomos: alta informalidade na construção civil, com 99,8% dos trabalhadores sendo informais.
- Motoristas de aplicativos: muitos operam sem contratos formais.
Esses exemplos ilustram as variações entre renda formal e informal, destacando as implicações financeiras e sociais para cada grupo.
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Como comprovar renda informal?
Comprovar a renda informal é essencial para validar sua capacidade financeira e acessar serviços bancários e financiamentos.
Existem diferentes formas de fazer essa comprovação, dependendo do tipo de atividade exercida e das exigências da instituição financeira ou empresa que solicita os documentos.
A seguir, apresentamos os principais métodos, explicando como funcionam e como utilizá-los da melhor forma:

1. Extratos bancários
Os extratos bancários são uma das formas mais comuns de comprovar renda informal, pois demonstram o fluxo de entrada e saída de dinheiro na conta do trabalhador.
- Como funciona: o extrato bancário mostra a movimentação financeira da conta, evidenciando depósitos, transferências recebidas e outras transações que indicam os ganhos mensais.
- Documentos necessários: extratos bancários dos últimos 3 a 6 meses.
- Período de validade: normalmente, instituições financeiras consideram extratos dos últimos 90 dias.
Dicas práticas:
- Movimente a conta bancária regularmente para manter um histórico financeiro consistente.
- Prefira receber pagamentos por transferência bancária em vez de dinheiro vivo, para que os rendimentos fiquem registrados.
- Utilize contas digitais ou tradicionais que ofereçam fácil acesso aos extratos detalhados.
2. Declaração de Imposto de Renda
A declaração do imposto de renda é um dos documentos mais reconhecidos como comprovante oficial de renda, pois é validado pela Receita Federal.
- Como funciona: ao declarar seus rendimentos anuais, o trabalhador informal oficializa sua renda perante o governo, garantindo um histórico financeiro formal.
- Documentos necessários: declaração completa do imposto de renda do último exercício.
- Requisitos: estar em dia com a Receita Federal e apresentar a declaração corretamente.
Dicas práticas:
- Mesmo que a renda informal seja variável, é importante declarar corretamente os rendimentos para evitar problemas fiscais.
- Consultar um contador pode ajudar a garantir que todas as informações estejam precisas.
- Guardar os comprovantes das fontes de renda para justificar os valores declarados, se necessário.
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3. Notas fiscais de serviços
A emissão de notas fiscais é uma forma eficaz de comprovar a renda, especialmente para autônomos e freelancers que prestam serviços regularmente.
- Como funciona: cada nota fiscal emitida registra a prestação de um serviço e o valor correspondente, funcionando como um comprovante oficial de receita.
- Documentos necessários: notas fiscais emitidas periodicamente.
- Onde usar: ideal para profissionais autônomos, freelancers e prestadores de serviços.
Dicas práticas:
- Caso ainda não tenha um CNPJ, considere se tornar um MEI para facilitar a emissão de notas fiscais.
- Mantenha um arquivo com todas as notas fiscais emitidas para referência futura.
- As notas fiscais são obrigatórias na venda de produtos e prestação de serviços – se, além delas, você quiser fornecer um comprovante adicional, pode gerar recibos online e gratuitamente com a InfinitePay.
4. Contratos de prestação de serviços
Os contratos de prestação de serviços são documentos formais que estabelecem um acordo entre o trabalhador e seus clientes.
- Como funciona: o contrato formaliza a relação entre o prestador de serviço e o contratante, detalhando as atividades exercidas e os valores pagos.
- Documentos necessários: cópias assinadas dos contratos de prestação de serviços.
- Onde usar: indicado para profissionais que realizam serviços recorrentes ou de longo prazo.
Dicas práticas:
- Sempre inclua detalhes como prazo, valor do serviço e formas de pagamento.
- Guarde versões digitais e físicas assinadas do contrato.
- Combine o contrato com comprovantes de pagamento (como transferências bancárias) para reforçar a comprovação de renda.
5. Declaração de contador
A declaração feita por um contador pode ser usada para formalizar a renda de trabalhadores informais, principalmente aqueles que não possuem outros meios de comprovação.
- Como funciona: um contador elabora um documento detalhado informando os rendimentos mensais do trabalhador com base na movimentação financeira e nas atividades realizadas.
- Documentos necessários: relatório contábil detalhado das atividades e movimentações financeiras.
Dicas práticas:
- Escolha um contador de confiança para elaborar a declaração de forma precisa.
- Forneça todas as informações necessárias sobre sua atividade para que o documento seja realista e confiável.
- Combine essa declaração com outros comprovantes, como extratos bancários, para aumentar a credibilidade.
6. Registros de MEI
Para microempreendedores individuais (MEI), os registros e documentos relacionados ao CNPJ podem ser utilizados como comprovante de renda.
- Como funciona: o MEI possui registros formais de sua atividade econômica, como emissão de notas fiscais e contribuições ao INSS, que podem ser usados como comprovação de renda.
- Documentos necessários: certificado de MEI, comprovantes de pagamento do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) e notas fiscais emitidas.
Dicas práticas:
- Mantenha todas as obrigações fiscais do MEI em dia para garantir a validade dos registros.
- Utilize o Relatório Mensal de Receitas Brutas para documentar os ganhos.
- Se necessário, um contador pode ajudar a estruturar melhor os registros financeiros.
Cada um desses métodos possui particularidades que podem ser adaptadas às necessidades do trabalhador informal, e escolher o método mais adequado depende do tipo de atividade exercida e da exigência de quem solicita a comprovação de renda.
Manter uma organização financeira eficiente pode facilitar esse processo e garantir maior segurança para obtenção de crédito e serviços financeiros.
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Importância de comprovar renda informal

Comprovar a renda informal é crucial para acessar uma variedade de serviços financeiros e oportunidades que podem melhorar significativamente a qualidade de vida.
Para os trabalhadores informais, a ausência de comprovação de renda pode ser um grande empecilho ao tentar acessar crédito ou realizar transações financeiras básicas.
- Financiamentos: essencial na hora de adquirir imóveis ou veículos, onde é necessário avaliar a capacidade de pagamento.
- Aluguel de imóveis: a comprovação de renda é frequentemente exigida para a formalização de contratos de locação, especialmente em áreas urbanas.
- Abertura de contas bancárias: muitas instituições financeiras solicitam comprovantes de renda para a concessão de condições específicas em contas.
- Solicitação de cartão de crédito: sem comprovação de renda, o acesso a cartões de crédito pode ser negado ou limitado.
- Outros serviços financeiros: inclui seguros, planos de saúde e outros produtos financeiros que demandam avaliação da capacidade financeira.
Vantagens e desvantagens de ter renda informal
A renda informal é uma realidade para muitos trabalhadores, oferecendo tanto oportunidades quanto desafios.
Compreender suas vantagens e desvantagens é crucial para uma gestão financeira eficaz e para o planejamento de carreira.
Vantagens
- Flexibilidade de horários: trabalhadores informais têm a liberdade de definir seus horários de trabalho, permitindo melhor conciliação entre vida pessoal e profissional. Cerca de 68% dos trabalhadores informais valorizam essa flexibilidade.
- Autonomia profissional: sem a necessidade de seguir hierarquias rígidas, trabalhadores informais têm maior controle sobre suas atividades e decisões profissionais.
- Potencial de ganhos: a renda informal pode proporcionar ganhos elevados dependendo da habilidade de negociação e da demanda por serviços. Profissionais autônomos podem ajustar seus preços conforme a demanda do mercado.
- Baixa burocracia inicial: iniciar atividades na informalidade requer menos documentação e custos iniciais, facilitando o ingresso no mercado de trabalho.
- Oportunidades de mercado: setores como tecnologia e serviços pessoais oferecem amplas oportunidades para trabalhadores informais, especialmente em nichos não atendidos por empresas formais.
Desvantagens
- Instabilidade financeira: a ausência de um rendimento fixo pode levar a dificuldades financeiras.
- Acesso limitado a benefícios: trabalhadores informais geralmente não têm acesso a benefícios como seguro-desemprego e aposentadoria, que são garantidos para trabalhadores formais.
- Falta de proteção social: sem a proteção da legislação trabalhista, como a CLT, trabalhadores informais ficam vulneráveis a condições de trabalho precárias e falta de segurança no emprego.
- Dificuldades com planejamento financeiro: a irregularidade dos ganhos complica o planejamento financeiro e o acesso a crédito, podendo limitar investimentos a longo prazo.
- Limitações de crescimento: a falta de formalização pode restringir o crescimento profissional e o acesso a mercados mais amplos, onde contratos formais são exigidos.
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Para quem atua na informalidade, a falta de um sistema de pagamentos eficiente pode ser um grande obstáculo – muitos trabalhadores informais dependem exclusivamente de dinheiro físico ou transferências bancárias, o que pode gerar dificuldades na organização financeira e até limitar as oportunidades de negócio.
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