O que é DFC? Saiba como fazer Demonstrativo de Fluxo de Caixa

O que é DFC? Saiba como fazer Demonstrativo de Fluxo de Caixa

Saiba o que é DFC, como fazer, como analisar e confira suas vantagens. Comece já a otimizar o fluxo de caixa do seu negócio!

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Homem usando seu laptop para pesquisar sobre o que é dfc e aplicar em seu negócio. ele sorri para a câmera.
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O controle financeiro é essencial para a saúde de qualquer empresa, independentemente do porte ou segmento – e entre os diversos relatórios e ferramentas financeiras disponíveis, o Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) ocupa um papel central na gestão empresarial. 

O DFC permite que os gestores acompanhem a entrada e saída de recursos, identifiquem oportunidades e desafios, e tomem decisões informadas para o futuro do negócio.

Neste artigo, vamos explicar o que é DFC, desde os conceitos básicos até as técnicas para elaborar um de forma eficiente.

Leia também: Controle financeiro: como fazer e por que é importante para a sua empresa

O que é DFC e como funciona?

O Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) é uma ferramenta financeira que registra todas as movimentações de caixa de uma empresa em determinado período. 

Ele detalha as entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos) de dinheiro, permitindo que os gestores visualizem claramente como os recursos estão sendo utilizados e se há equilíbrio entre receitas e despesas.

O objetivo do DFC é fornecer uma visão transparente da liquidez da empresa, ou seja, da sua capacidade de honrar compromissos financeiros a curto prazo – além disso, ele é essencial para identificar tendências, como excesso de gastos, sazonalidade das receitas e a necessidade de buscar capital adicional.

Saiba mais:

Essa demonstração financeira é obrigatória para algumas empresas, como empresas grandes (com ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, conforme a Lei nº 11.638/07) – contudo, mesmo para negócios menores, o DFC é uma prática recomendada para melhorar a gestão financeira.

Existem dois métodos principais para elaborar um DFC: o método direto e o método indireto. Vamos explorar cada um deles em detalhes a seguir.

Demonstrativo de Fluxo de Caixa – método direto

O método direto é uma abordagem simples e direta para elaborar o DFC – nesse método, todas as movimentações de caixa são registradas diretamente, discriminando as entradas e saídas de dinheiro de forma detalhada.

  • Entradas de caixa: incluem receitas de vendas, recebimentos de clientes, rendimentos de investimentos e outros ingressos financeiros.
  • Saídas de caixa: englobam despesas operacionais, pagamento de fornecedores, salários, impostos e outros desembolsos.

Por exemplo, imagine uma empresa que registrou os seguintes dados em um mês:

  • Receitas de vendas: R$ 50.000
  • Pagamento a fornecedores: R$ 20.000
  • Salários: R$ 10.000
  • Impostos: R$ 5.000

O saldo do fluxo de caixa seria calculado como:

Receitas totais - Despesas totais = Saldo final ( R$ 50.000 - R$ 35.000 = R$ 15.000 )
Categoria Entrada (R$) Saída (R$) Saldo (R$)
Atividades Operacionais
Receita de vendas 50000 50000
Pagamento a fornecedores 20000 -20000
Salários 10000 -10000
Impostos 5000 -5000
Subtotal Operacional
Atividades de Investimento
Venda de ativos
Compra de máquinas
Subtotal de Investimento
Atividades de Financiamento
Recebimento de empréstimos
Pagamento de empréstimos
Subtotal de Financiamento
Fluxo de Caixa Total 15000

Esse método oferece clareza e facilita a análise de onde o dinheiro está entrando e saindo, mas exige registros precisos e detalhados.

Demonstrativo de Fluxo de Caixa – método indireto

O método indireto, por sua vez, parte do resultado contábil (lucro ou prejuízo) apresentado na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). 

Ele ajusta esse valor para refletir as movimentações de caixa, considerando elementos que não afetam diretamente o caixa, como depreciação, amortização e variações no capital de giro.

  1. Inicia-se com o lucro líquido do período.
  2. Ajusta-se os valores, adicionando ou subtraindo itens como: depreciação e amortização (que são despesas não monetárias), variações no estoque, contas a receber e contas a pagar.
  3. Consideram-se os investimentos, financiamentos e outras movimentações que impactam o caixa.

Por exemplo:

  1. Lucro líquido do período: R$ 100.000
  2. Ajustes para itens não monetários: 
  • Depreciação e amortização: R$ 20.000,00 (valor é adicionado de volta ao lucro porque não é uma saída de caixa).
  1. Variações no capital de giro:
  • Aumento no estoque: - R$ 15.000,00 (estoque consumiu caixa, reduzindo-o).
  • Redução nas contas a receber: + R$ 10.000,00 (clientes pagaram dívidas, aumentando o caixa).
  • Aumento nas contas a pagar: + R$ 5.000,00 (dívidas com fornecedores não foram pagas, liberando caixa).
  1. Outras movimentações que impactam o caixa:
  • Pagamento de financiamento (principal): - R$ 50.000,00
  • Recebimento de venda de ativo imobilizado: + R$ 30.000,00
  1. Resultado final no Fluxo de Caixa:
  • Lucro Líquido: R$ 100.000,00
  • (+) Depreciação e amortização: R$ 20.000,00
  • (-) Aumento no estoque: - R$ 15.000,00
  • (+) Redução nas contas a receber: R$ 10.000,00
  • (+) Aumento nas contas a pagar: R$ 5.000,00
  • (-) Pagamento de financiamento: - R$ 50.000,00
  • (+) Recebimento da venda de ativo: R$ 30.000,00

Fluxo de Caixa Gerado pelas Atividades Operacionais:

R$ 100.000,00 + R$ 20.000,00 - R$ 15.000,00 + R$ 10.000,00 + R$ 5.000,00 = R$ 120.000,00

Fluxo de Caixa Final:

R$ 120.000,00 - R$ 50.000,00 + R$ 30.000,00 = R$ 100.000,00

Este método é amplamente utilizado por empresas de maior porte, pois conecta diretamente o fluxo de caixa ao resultado contábil, proporcionando uma visão estratégica e abrangente.

Leia também:

Como fazer um DFC eficiente para a sua empresa

O Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) é uma ferramenta indispensável para garantir uma gestão financeira sólida e eficiente. 

Para extrair o máximo de benefícios do DFC, é essencial entender sua estrutura, saber como analisá-lo corretamente e aprender com exemplos práticos. 

Vamos explorar esses pontos em detalhes.

Como é a estrutura de um DFC?

A estrutura do DFC é composta por três seções principais, que organizam as movimentações financeiras da empresa em diferentes categorias:

1. Atividades operacionais

Esta seção abrange as entradas e saídas de caixa relacionadas às operações do dia a dia da empresa – é o coração do DFC, pois reflete a capacidade da empresa de gerar caixa por meio de suas atividades principais.

  • Entradas comuns: receitas de vendas, recebimentos de clientes, rendimentos financeiros.
  • Saídas comuns: pagamentos de fornecedores, salários, impostos, despesas operacionais.

Exemplo:

  • Receita de vendas: R$ 80.000
  • Pagamento a fornecedores: R$ 40.000
  • Salários: R$ 20.000
  • Resultado operacional: R$ 20.000

2. Atividades de investimento

Aqui são registradas as movimentações de caixa relacionadas à compra ou venda de ativos de longo prazo e investimentos.

  • Entradas comuns: venda de ativos, rendimentos de aplicações financeiras.
  • Saídas comuns: aquisição de equipamentos, compra de imóveis, investimentos em projetos.

Exemplo:

  • Compra de máquinas: R$ 15.000
  • Venda de ativos antigos: R$ 5.000
  • Resultado de investimento: R$ -10.000

3. Atividades de financiamento

Esta parte reflete as entradas e saídas de caixa decorrentes de transações com credores e acionistas.

  • Entradas comuns: empréstimos, emissão de ações.
  • Saídas comuns: pagamento de empréstimos, distribuição de dividendos.

Exemplo:

  • Recebimento de empréstimo: R$ 50.000
  • Pagamento de parcelas de empréstimos anteriores: R$ 20.000
  • Resultado de financiamento: R$ 30.000

Essas três categorias juntas fornecem uma visão detalhada do fluxo de caixa, permitindo identificar pontos de atenção e oportunidades para otimização.

Como analisar o DFC?

A análise do DFC vai além de simplesmente entender as entradas e saídas de caixa – é necessário avaliar os dados estrategicamente para tomar decisões que favoreçam o crescimento e a sustentabilidade da empresa.

1. Avalie a liquidez operacional

Se o fluxo de caixa operacional for consistentemente positivo, a empresa está gerando caixa suficiente para cobrir suas operações.

Fluxos negativos podem indicar problemas na geração de receitas ou excesso de despesas.

2. Identifique padrões no fluxo de caixa

Analise se as entradas e saídas seguem uma sazonalidade. Isso ajuda a planejar períodos de maior necessidade de capital de giro.

3. Interprete os investimentos e financiamentos

Gastos elevados em investimentos podem indicar expansão, mas precisam ser sustentáveis.

Dependência excessiva de financiamentos pode sinalizar fragilidade na geração de caixa.

4. Compare com períodos anteriores e benchmarks

Identifique tendências e compare o DFC com empresas do mesmo setor para medir a eficiência financeira.

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Vantagens e desvantagens do DFC

O Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) é uma ferramenta essencial na gestão financeira, mas, como qualquer instrumento de análise, apresenta vantagens e desvantagens.

Vantagens do DFC

1. Visão clara da liquidez da empresa

O DFC oferece uma visão detalhada de como o dinheiro está entrando e saindo da empresa, ajudando a avaliar sua capacidade de honrar compromissos financeiros a curto prazo.

2. Facilidade no planejamento financeiro

Com o DFC, é possível identificar padrões de fluxo de caixa e prever períodos de maior ou menor disponibilidade de recursos, permitindo um planejamento mais assertivo.

3. Análise de sustentabilidade operacional

A demonstração permite avaliar se a empresa está gerando caixa suficiente para sustentar suas operações, sem depender exclusivamente de financiamentos ou vendas de ativos.

4. Base para decisões estratégicas

Ao identificar áreas de maior gasto ou baixa eficiência, os gestores podem tomar decisões embasadas para cortar despesas, redirecionar investimentos ou buscar financiamentos.

5. Obrigatório para empresas de grande porte

Para empresas obrigadas por lei a apresentar o DFC, cumpri-lo corretamente garante conformidade com as normas contábeis brasileiras, como as exigidas pela Lei nº 11.638/07.

Desvantagens do DFC

1. Complexidade na elaboração

O processo de elaboração, especialmente pelo método indireto, pode ser trabalhoso e exigir conhecimento técnico em contabilidade, além de um controle rigoroso dos dados financeiros.

2. Necessidade de informações precisas

A eficácia do DFC depende da qualidade e precisão dos dados registrados. Dados inconsistentes ou atrasados podem comprometer a análise.

3. Foco no curto prazo

Embora o DFC forneça uma visão detalhada das movimentações financeiras, ele não reflete, por si só, a rentabilidade ou a viabilidade de longo prazo da empresa, o que requer o uso de outros relatórios, como o DRE.

4. Menor utilidade para pequenas empresas sem fluxo regular

Para empresas com movimentações financeiras esporádicas ou simplificadas, o DFC pode parecer excessivamente detalhado e menos útil.

Qual a diferença entre DFC e DRE?

O DFC (Demonstrativo de Fluxo de Caixa) e o DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) são ferramentas complementares na gestão financeira, mas possuem propósitos e características distintas. 

Entender suas diferenças é fundamental para aplicá-las corretamente.

Aspecto DFC (Demonstrativo de Fluxo de Caixa) DRE (Demonstração do Resultado do Exercício)
1. Objetivo Mostra as entradas e saídas de dinheiro (caixa) em um período, evidenciando a liquidez da empresa. Apresenta o resultado contábil do exercício, detalhando receitas, custos e despesas para apurar lucro ou prejuízo.
2. Base de cálculo Trabalha exclusivamente com movimentações de caixa efetivas (dinheiro que realmente entrou ou saiu). Inclui receitas e despesas realizadas (com impacto no caixa) e valores a receber e a pagar (regime de competência contábil).
3. Estrutura Dividido em três atividades: Operacionais (fluxo do dia a dia), Investimentos (compra e venda de ativos) e Financiamentos (empréstimos e aportes). Estrutura hierárquica: começa com receita bruta, deduz custos e despesas até o lucro ou prejuízo líquido.
4. Perguntas respondidas A empresa tem dinheiro suficiente para pagar suas contas? Como o dinheiro foi utilizado durante o período? A empresa teve lucro ou prejuízo no período? Qual foi o impacto das receitas e despesas no resultado final?
5. Periodicidade Elaborado mensalmente ou com maior frequência, dependendo da necessidade de monitoramento do caixa. Produzido trimestral ou anualmente para consolidar os resultados contábeis.

Leia mais: Modelo DRE: o que é, qual a importância e como fazer o seu

Exemplo comparativo

DFC (Método Direto)

Atividade Entrada (R$) Saída (R$) Saldo (R$)
Receita de vendas 100.000 100.000
Pagamento de fornecedores 50.000 -50.000
Resultado do período 50.000

DRE

Categoria Valor (R$)
Receita Bruta de Vendas 120.000
(-) Deduções 20.000
Receita Líquida 100.000
(-) Custo de Mercadorias 50.000
Lucro Bruto 50.000
(-) Despesas Operacionais 20.000
Lucro Líquido 30.000

Qual utilizar e quando?

O DFC e o DRE são complementares, e sua utilização dependerá do objetivo:

  • Use o DFC para monitorar a liquidez e o fluxo de caixa diário, essencial para decisões de curto prazo e análise de solvência.
  • Use o DRE para avaliar a rentabilidade e o desempenho financeiro geral, fundamental para planejamento estratégico e análise de longo prazo.

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